A Condição Operária*


O liberalismo político e o avanço do capitalismo e da industrialização criaram um novo grupo social- o proletariado, que é uma condição económica e social, não uma condição profissional.
A procura de trabalho era tão grande que os salários ficara cada vez mais baixos, mal chegando para a sobrevivência dos operários. Isto levou às famílias operárias a recorrerem ao trabalho de todos os seus membros capazes. Aproveitando-se deste facto, os patrões empregavam mais mulheres e crianças, pois o salário era mais baixo que o dos homens.
Trabalho infantil
As condições de trabalho eram inumanas: trabalhavam em espaços insalubres, frios e húmidos, mal iluminados e mal arejados; e as pausas permitidas eram poucas. Estas más condições cansavam e desmotivavam os operários. Relativamente às condições de habitabilidade: os compartimentos eram pequenos e escuros; a privacidade entre a família era inexistente; poucas eram as vezes em que tinham fornecimento direto de água, gás, iluminação ou aquecimento; e as instalações sanitárias eram colocadas no exterior dos apartamentos.
As más condições de vida e de trabalho levaram à degradação das relações familiares: o casal maltratava-se, esquecendo as responsabilidades perante os filhos, o que levou estes últimos a perderem o respeito pelos pais.
Começaram então a existir vários vícios como:
  • O alcoolismo, a prostituição, a vagabundagem e mendicidade, a marginalidade e o crime.


Isolados, os operários pouco puderam fazer contra a progressiva degradação das suas condições de trabalho e contra a descida salarial.
A miséria operária transformou-se na principal questão social do séc.XIX, originando ações particulares e individualizadas.